O evento teve por objetivos promover a unidade e a mobilização das entidades e do movimento médico, em defesa do SUS e da saúde da população; discutir encaminhamentos e ações conjuntas das entidades representativas dos médicos e deliberar sobre propostas e estratégias da profissão médica e da Medicina.
Dentre os resultados do evento, o posicionamento das entidades a favor da defesa de um exame nacional obrigatório de proficiência em medicina, a exemplo do Exame da Ordem, aplicado aos advogados brasileiros; a defesa da criação da carreira de Estado do médico para atendimento a populações periféricas; a luta por remuneração mais justa e qualificação para os corpos docentes envolvidos na formação médica; além da apresentação de sugestões e soluções aos problemas que interferem à assistência à saúde no Brasil.
“Atualmente caminhamos para normatização de exames de avaliação das escolas médicas, como já ocorre com a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem), o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e outras avaliações definidas pelo Ministério da Educação. Entretanto, a docimologia (ciência de estudo das avaliações e validação de resultados de testes e verificação do aprendizado) indica que as avaliações devem ser contínuas, formativas, corretivas e significativas”, pontuou o Dr. Amsterdam Sandres, Diretor de Imprensa da AMAC, sobre as propostas de avaliação do egresso de Medicina. “Devemos discutir com profundidade essa questão que envolve o futuro de milhares de jovens que se verão submetidos a um exame que não expressa a qualificação, mas que visa a exclusão. Como responsabilizar o ente formador pelo mau desempenho de seus egressos?”, continuou.
Com a conclusão do evento, uma carta com os resultados das discussões será elaborada e encaminhada aos médicos, à sociedade, às autoridades e aos candidatos nas Eleições Gerais de 2018. Na opinião da Dra. Jene Greyce, “o evento foi enriquecedor no sentido de que permitiu a retomada da discussão sobre quais posicionamentos e direcionamentos a classe médica pretende seguir na luta pela saúde de qualidade e pelo fortalecimento do SUS”.
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