As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o curso de Medicina preveem atividades práticas durante todo o período de formação médica, assegurando carga horária intensa em ambientes de atendimento nos dois últimos anos de curso, chamados de “internato médico”.
Os acadêmicos apresentam relatos de dificuldades na relação leito-paciente para aprendizado hospitalar, problemas nas parcerias para atendimento na atenção primária em saúde, entre outros.
Moratória de escolas médicas - No ano de 2018, após intensas negociações com as entidades médicas, o Ministério da Educação (MEC) editou a Portaria nº 328/2018, que suspendia editais para abertura de novas escolas médicas e aumento de vagas em escolas já em funcionamento no país.
O argumento das entidades em defesa moratória é o de que a instalação de novos cursos de Medicina não garante a fixação dos egressos nos locais de graduação, além de que grande parte dos alunos migra para grandes centros em busca de melhores oportunidades de trabalho e estudo para continuidade da formação.
Ainda, grande parte das vagas em abertura são realizadas por meio de faculdades particulares, com altos valores de mensalidade e sem espaço adequado de ensino-aprendizado.
Estudo realizado pela docente da UFAC e presidente da AMAC, Dra. Jene Greyce, aponta que mais de 40% dos egressos do estado mudam para outras localidades em busca de melhores propostas após a formação.
A Associação Médica do Acre defende a manifestação pacífica por melhores condições de estudo e ensino da Medicina no estado, além de defender firmes bandeiras contra a abertura indiscriminada de escolas médicas, contra a revalidação de diplomas por universidades particulares, contra à atuação de médicos sem CRM e a favor à prova do Revalida.